sexta-feira, maio 10, 2013

Ser judeu e ter que defender Israel.




Original: Conversa fiada.

por Ronaldo Gomlevsky(*)






Dá no saco essa história de ser judeu e ter que defender Israel a qualquer preço, contra tudo, contra todos e a favor de qualquer ação que seus governos adotem. Eu não faço isso. Por outro lado, nada é melhor do que defender atitudes que estão absolutamente de acordo com o nosso pensamento.

Israel que não diz que sim e também não diz que não, está sendo acusado de ter destruído uma boa quantidade de mísseis que estavam no aeroporto de Damasco, prontinhos para serem entregues ao Hezbollah. Vocês fizeram isso? Tomaram essa atitude? Impediram que estes armamentos pesados que do sul da Síria ou do Líbano, podem alcançar o centro de Israel, destruindo ou danificando cidades como Tel Aviv e Jerusalém? Vocês aí do Exército de Defesa do Estado de Israel, tomaram esta providência?

Não querem admitir? Se fizeram, invadindo espaço aéreo sírio, libanês ou de qualquer outro país, o fizeram muito bem. Nota dez para este exército composto por cidadãos, no qual está hoje mesmo servindo, o meu primo Tom, de dezoito anos, nascido no kibutz Mishmar Ha Neguev e filho da minha querida prima Viviane.

É exatamente para este fim que existe e presta um exército de defesa. Para defender seus cidadãos contra a sanha dos inimigos. Alguém pode declarar em sã consciência que o Líbano, a Síria e os palestinos do Hamas e do Hezbollah são amigos de Israel? Claro que não. Então, o que foi feito, se foi feito pelos israelenses, foi muito bem feito. Antes um mau vizinho chegando ao inferno, do que minha boa mãe chegando no céu! Esta tem que ser a máxima de soldados servindo num exército popular, de defesa de seu povo.

Enfim, não gosto da ideia de fugir da responsabilidade. Não vejo porque negar a realidade e nem entendo que haja motivos para tal. Agora, se a Síria do santíssimo Assad que massacra seus concidadãos, não está satisfeita e se sentiu como se recebesse uma declaração de guerra, que ponha a viola no saco ou parta para a guerra. Existe uma outra maneira de lidar com tal fato. Quem sabe, os sírios poderiam ter impedido o tal contrabando de mísseis através de seu território. Querem viver em paz? Então, não sacaneiem a vizinhança. Israel não tem do que se envergonhar e muito menos deve omitir seus feitos na área militar.

Quem quer ser amigo o é. A prova está com a ação de Sadat que chegou em Jerusalém com as mãos abanando, pediu paz e levou todo o deserto do Sinai de volta. Com petróleo e tudo! Que os países árabes tomem como exemplo o comportamento da Jordânia que fez a paz com Israel e vive sem qualquer problema com seu vizinho sionista.

De parabéns o Exército de Defesa do Estado de Israel que nos últimos 65 anos tem sabido defender seu povo como poucos exércitos na história da humanidade o fizeram e o fazem. Quando for preciso, como sempre afirmou a aviação canarinho tupiniquim durante a Segunda Guerra Mundial, o negócio é sentar a pua! Parece que Israel aprendeu como se faz!

(*)Ronaldo Gomlevsky é Editor Geral da Revista Menorah


Nenhum comentário: