sexta-feira, abril 13, 2012

Antecipação terapêutica do parto ou antecipação terapêutica da morte?




Eu quero o meu Brasil de Volta


Talvez seja apenas uma coincidência, dessas estranhas em que um raio caia cinco vezes exatamente no mesmo lugar; enfim tudo pode acontecer quando não se tem o controle de alguns "eventos" e o Brasil está totalmente fora de controle.

A coincidência é mais do que uma, na verdade são dezenas, talvez centenas e quem não percebeu ainda é ruim da cabeça mas não necessariamente doente do pé: desde janeiro de 2003 coisas muito estranhas acontecem no nosso Brasil. Antes de continuar é bom colocar as coisas em ordem: não tenho certeza do "nosso" e muito menos se continuamos a viver no Brasil.

Desde esse fatídico mês e ano, parece que as coisas não funcionam como qualquer pessoa normal possa desejar. Os políticos não pararam de mentir, só porque um governo da mentira assumiu. O mentir parece ser inerente ao exercício deste honroso exercício de cidadania - que os políticos insistem em denegrir -, mas passaram, a partir de então, a nem mais esconderem todas as maracutaias em que se metem - e nos metem - dignando-se apenas a mudarem o nome dos seus delitos. Assim, caixa 2 passou a se chamar "recursos não contabilizados". Programas - de governo -  prometidos são esquecidos simplesmente e viram uma "nova versão, revista e bagunçada". Assim temos o bolsa família, uma versão nova de um programa do governo FHC, que deveria ter início meio e fim e não se transformar numa escancarada compra de votos; mas esperar que um governante tenha uma visão do "amanhã" é querer achar perfume chanel no esgoto. O montante em recursos que o governo tem a o-bri-ga-ção de investir, virou um "programa unificado", um PAC 1, que já virou PAC 2 e mais PACs virão sem que os anteriores sequer tenham sido concluídos. 
As milhares de casas que devem ser construídas, mas nunca são, viraram o "Minha Casa, Minha Vida" e o milhão de casas que seriam construídas até o final do governo anterior viraram sorvete, derreteram ou - o que é provável - não foram construídas. 


Quem outrora esconderia seu passado, hoje escancara-o de uma forma absurda e, pior do que tudo, isso não parece refletir no tal índice de popularidade de quem nomeia, por exemplo uma abortista para defender as mulheres (leia aqui). Ministros caem por corrupção deslavada e uma semana após, nenhuma noticia a respeito, nem do dinheiro que levaram e muito menos do local onde passam férias. E aqui vemos que o papel da Imprensa está - também - aquém do que se espera.

Mas não são apenas os políticos que passaram a se comportar de maneira estranha; também a justiça passou a soltar mais condenados com benefícios e diminuição de penas;  embora não tenham avisado a polícia para frear as prisões e assim temos uma autêntica operação "enxuga gelo": a polícia prende, mas a justiça solta.
Definitivamente, não há interesse em construir presídios: são caros demais e, evidentemente, sobram menos recursos para dividir ou "distribuir" entre aliados. 


É claro que deveriam ter construído mais escolas, remunerado melhor os professores, mas quem realmente quer ir para a escola e quem realmente quer ensinar? Os pais - uma grande parcela desses seres em extinção - querem mais é se ver livre de seus rebentos; então entregam a educação (social) aos professores; querem que a escola lhes devolva um Steve Jobs ainda que tenham entregue à escola um Macaulay Culkin piorado.E mesmo a educação formal, o bê-á-bá de todo dia, não é levado a sério. O salário não compensa, mas estranhamente a cada concurso para professores, milhões se candidatam. É claro que fica fácil entender que há empregos aos montes - O IBGE confirma isso embora não acreditemos -, mas não fazem, digamos assim,  o perfil dos professores. 


A criminalidade? É claro que uma educação falha - dos pais e do ensino oficial -, leis frouxas, justiça conivente e falta de emprego formal  desaguam na criminalidade absurda.Estupro de menores nem se leva mais em conta; para isso basta alguém dizer que foi acintosamente seduzido por um(a) pirralho(a) e pronto; já virou jurisprudência: os STJ não me deixa mentir, já que absolveu um estuprador de três menores de 12 anos. (leia aqui)

Chegamos ao requinte máximo quando um ministro se refere a uma vida como coisa e após rebaixar a vida a coisa, ficou mais fácil decretar a sua morte:
"No caso do anencéfalo, não existe vida possível. O feto anencéfalo é biologicamente vivo, por ser formado por células vivas, e juridicamente morto, não gozando de proteção estatal”, Ministro Marco Aurélio Mello. 
Ora se ele reconhece que não há vida e logo depois o reconhece biologicamente vivo, o senhor ministro quer dar um nó na cabeça aos que ainda possuem cérebro. Teria sua excelência coragem para ordenar que fossem descartados os embriões nos bancos dessa modalidade? Afinal os bancos de embriões estão lotados, na capacidade máxima (leia aqui).Gostaria de ver o voto dele para essa particularidade. 


Quem diria que para se chegar a ministro do STF é preciso ter notável saber jurídico e reputação ilibada? Será mesmo? Temos ministro que responde (respondiam é mais correto) a processo por improbidade, portanto a Reputação passou a ser Abalada ao invés de ilibada. Quanto ao notável saber jurídico, nem é bom comentar, até porque eu posso me igualar.

Mas, de todas as piores coisas que aconteceram nos últimos anos. uma salta aos olhos e jamais deveria ter acontecido. O que outrora se chamou de 5º poder - a imprensa - hoje pode ser chamada de poder dos quintos (dos infernos, obviamente). A imprensa escrita passou a ser um guardião do poder central, sempre diminuindo a participação do mandatário mor em qualquer tipo de corrupção; embora até os cãezinhos destes saibam de cor e salteado da sua participação. Quanto a imprensa televisiva, nem é bom comentar: um colunista social puxa saco (hoje em dia também é redundância) não chegaria a tamanha desfaçatez.



Não sei realmente se podemos imaginar que um dia sairemos desse atoleiro; afinal como dizia o camarada Stálin, "quem conta os votos, ganha a eleição" e por enquanto, quem conta os votos é esse pessoal em quem alguns acreditam piamente e a imprensa devota idolatria sem fim.


Enfim, sobre a  "Antecipação terapêutica do parto" ou o popularmente chamado "Aborto de Anencéfalo", fica a advertência do sertanejo: Onde passa um boi, passa uma boiada. Está aberta a porta: o inferno é o limite. 


Os votos favoráveis ao Aborto:
Ayres Britto, Marco Aurélio de Mello,Rosa Maria Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Celso de Melo; Dias Tóffoli não participou do julgamento, porque já tratou do caso quando era advogado-geral da União.

Votaram contra o Aborto:
Ricardo Lewandovski e Cesar Peluzo; para ele, o argumento de que a gestação de anencéfalo seria perigosa para a mãe "não vem ao caso porque as hipóteses de risco à saúde da mãe já estão expressas na lei". "Toda gravidez implica risco teórico à saúde da gestante."

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