segunda-feira, julho 31, 2006

Menas excelencia, menas!


Menas excelencia, menas!
Antonio Fernandes (28/07/06)


Segundo matéria publicada no jornal O Globo de 18 de junho de 2006, "o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já definiu o mote da campanha da reeleição: um novo mandato para fazer "mais". Então chegou a hora de mostrar que ele quer um novo mandato para "falar mais e fazer menos". Quem tiver exemplos de "menos" (ou "menas", como diria Lula) por favor apresente-os aqui.
PARTE I
01 - Lula assentou menos trabalhadores rurais sem terra (quem tem os números?)
02 - A pobreza caiu menos nos anos Lula do que em 94/95, na passagem entre Itamar Franco e Fernando Henrique (foram cinco pontos percentuais a menos, oito contra três, segundo o Ipea, órgão oficial de pesquisa).
03 - Segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), o Brasil ocupa, na avaliação do crescimento econômico regional do ano passado, uma deprimente posição, sendo um dos que menos cresceram entre 34 países, já que o seu crescimento (2,5%) só foi maior do que o do Haiti (1,5%), o país mais pobre do continente!
04 - Entre 1998 e 2007 (abrangendo, portanto, o "espetáculo do crescimento" do desgoverno Lula) o PIB brasileiro cresce menos (2,3%) do que a média mundial (4,1%) e menos ainda do que a média alcançada pelos países emergentes e em desenvolvimento (5,8%), de acordo com os cálculos e projeções do FMI.
05 - "Até aqui, em 40 meses de governo, o presidente Lula já cometeu 102 viagens ao mundo. Ou mais de duas por mês, tal como semana sim, semana não. Sem contar, ora pois, as até aqui, 283 viagens pelo Brasil. Hoje, dia 15, ele completa 382 dias fora do país desde a posse. E pelo Brasil, no mesmo período, 602 dias fora de Brasília. Total da itinerância presidencial, caso único no mundo e na História: exatos 984 dias fora do Palácio, em exatos 201 dias de presidência. Equivale a 81,9% do seu mandato fora do seu gabinete." Ou seja, gente, o Apedeuta conseguiu se tornar o presidente que menos compareceu ao seu local de trabalho e, portanto, o que menos trabalhou em toda a História do Brasil e, talvez, do mundo, como assinalou o Joelmir.
06 - O "governo" Lulla foi o que menos (ou "menas", como "elle" diria) enfrentou crises econômicas mundiais. A bem dizer, não enfrentou nenhuma, como todos sabem. Muito pelo contrário, desfrutou de um periodo de bonança na economia mundial que não se via há mais de trinta anos! O resultado que logrou alcançar, em termos do crescimento do PIB, com essa ajuda toda? Ora, consulte os números acima e veja com os seus próprios olhos!
07 - O Brasil é a maior praça exportadora de carne bovina do mundo. Querem saber como o desgoverno Lulla considera, na prática, este fato? Pois bem, no auge do escândalo da febre aftosa, em outubro do ano passado, o seu desgoverno havia gasto menos (ou "menas", como "elle" diria) do que 2% dos R$35 milhões (em números exatos, 1,6% ou R$556 mil) previstos no Orçamento de 2005 para o programa federal de erradicação da febre aftosa. Com isto, deu um prejuízo enorme ao país. E, se levarmos em consideração o fato de que os gastos orçamentários em outras áreas vitais foram regidos pela mesma irracionalidade econômica, fica fácil imaginar o montante do prejuízo que o seu desgoverno vem dando ao país!
08 - Em 2002, Ken Aulette, um influente colunista de jornal, criticou a relação do governo Bush com a imprensa americana, já que dera apenas 11 entrevistas coletivas, bem menos do que seu pai (71), do que Bill Clinton (38) ou do que qualquer outro presidente moderno. Querem agora saber quando foi que o "grande democrata" que nos preside deu a sua primeira entrevista coletiva? Ora, foi em abril de 2004, exatamente dois anos e quatro meses depois do inicio do seu mandato! E não me consta que tenha avançado significativamente depois disso! Ou seja, se a relação com a imprensa é uma das melhores indicações do espírito democrático de um governante, como querem os americanos, o Apedeuta é, por esse parâmetro, o governante menos (ou "menas", como diria "elle") democrático da nossa história, já que Sarney, Itamar, FHC e o próprio Collor tiveram um relacionamento muito mais direto e freqüente com os jornalistas e, assim, com a opinião pública!

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